Imagem: Mandel Ngan/AFP
O governo do presidente americano Donald Trump endureceu as sanções contra Cuba hoje, proibindo viagens de grupos de americanos para a ilha caribenha, bem como a exportação de veículos dos Estados Unidos.
Em comunicado, o Departamento do Tesouro explicou que os EUA não permitirão as viagens culturais e educativas de contato com o povo cubano, conhecidas como “people to people” em inglês e que tinham permitido que milhares de americanos visitassem a ilha após a aproximação iniciada em 2014 durante o governo de Barack Obama.
“Cuba continua a desempenhar um papel desestabilizador no Hemisfério Ocidental, fornecendo uma plataforma comunista na região e apoiando adversários dos EUA em lugares como a Venezuela e a Nicarágua, fomentando a instabilidade, minando o estado de direito e suprimindo os processos democráticos”, afirmou o secretário do Tesouro Steven Mnuchin, anunciando as medidas.
As medidas anunciadas hoje buscam limitar as viagens não familiares a Cuba, em linha com o que já tinha delineado em abril o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, durante um discurso em Miami.
“Este governo tomou uma decisão estratégica para reverter o relaxamento das sanções e outras restrições ao regime cubano. Essas ações vão ajudar a manter os dólares americanos fora do alcance dos serviços militares, de Inteligência e de segurança cubanos”, disse ele em um comunicado.
Os Estados Unidos aplicam desde 1962 um bloqueio econômico contra Cuba, a fim de forçar uma mudança de regime. Desde a chegada de Trump ao poder, o governo tem reforçado as medidas contra a ilha, apagando a aproximação conduzida por Obama.
O fim das viagens educacionais em grupo será, provavelmente, um duro golpe para o turismo americano na ilha, que decolou com as iniciativas tomadas por Obama.
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